Segunda-feira, 26 de Abril de 2010

Luz

. Há luz estilhaçada

nas paredes do quarto

Na hora da penumbra

Pauso a respiração e espero

 

Quando os trâmites da razão

são um rio revolto

Procuro os teus lábioS no vendaval dos meus.


publicado por Buraco Negro às 00:09
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Sábado, 6 de Dezembro de 2008

Inspiração II

.Na falta de inspiração

Escavo fundo até ao osso

Continuo até encontrar um fosso

[repositório subtérreo de mim] 

 

No cais insurrecto

Estudo a anatomia da morte

As feições e congeminações

Os cortes, recortes e iluminações

 

Dói-me este espaço vazio

Cúbico e rábico

Desespero sustido

Apático e ático

 

Na memória minha

Carne rasgada com uma lâmina espelhada 

Inversa purificação

 

De porta fechada

Ao parar do coração

A pele fica gelada

[E] cessa a putrefacção.

música: "Bleak" dos Opeth

publicado por Buraco Negro às 22:35
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Domingo, 27 de Abril de 2008

No sangue que morre até ao coração

.Nos ventos lentos

Que arrepiam a cidade

Viajam os pedaços últimos de ti

Perdidos e achados para sempre


No fim de tarde que se afasta

Respiro até ao fim partículas escassas de ti

Arrastando a tua morte até ao fundo da minha


Adivinho-te pelas estrelas

Imagino um sorriso, um abraço

Tão verdadeiros como a mentira de não os ter


Procuro cicatrizes profundas

Onde possa escrever a minha dor

Germinando-a no sangue que morre até ao coração.


publicado por Buraco Negro às 17:52
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o Buraco


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