.Não olhes
Os meus sonhos retalhados
farrapos de anjo por florir
Não feches os olhos
Quando a luz terminar
e as palavras doces ficarem por sussurrar
Em cada centelha de luz
deste granito
.....
céu por onde me procuro redimir
Quando o calor da tarde na tua pele sossegar
Tudo o quero ver estará na água do teu olhar.
.Caminho por caminhos disjuntos
Quinta-essência como metáfora para o número
Daqueles que somos
Ponte de equilíbrio rapidamente mutável
Cruza um ribeiro pútrido
Encharcado de sonhos diluídos
Alguns são nossos, talvez todos aqueles que tínhamos naquele momento
Perscrutamos as águas animadas pela procura
Rapidamente cansados sobrelevamos os corpos
Patas de betão torturam as entranhas da terra
Raízes de um monstro cultor de tudo aquilo que é depravação
Apetece-me arriscar e rimar com solidão
Colhamos as pedras do chão
Que sejam arremessadas para tudo aquilo que sugira proibições, indique direcções
Pedras feitas de um qualquer éter que rasgue, que conte a nossa indignação
Somos cinco
A soma de nós dividida por infinito é nada
Somos um número de sonhos multiplicado por cinco
Sonhos sonhados com afinco
Guardados naquele qualquer lugar em nós
Regresso inevitável à cidade em ruínas
Contornada por um jardim
Vigiado por um túnel algures
Sim
Aquele que nos conheceu os passos
Devolveu urros
Depois de passado
Eis-nos perante o Sol de chuva encharcado.
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