.Os meus ossos
São um bosque de carvalhos enlutados
A chuva que cai
São águas revoltas
Que chovem do meu coração
Perdi a conta às noites em que me perco
Ansioso por te reencontrar algures nas pregas do tempo
Vagueio pela cidade que jurámos conquistar
Arrepio-me com a aragem que faz as folhas caídas voar
Estranho,
Assombração
Injecta-me uma faca rumo ao coração
Preciso de o sentir a rebentar
Com a força com que a tua mão outrora agarrou a minha
Sentir, talvez, a vida a brotar
Por entre espasmos
Tão belos quanto condenados
Sento-me a escutar o silêncio cantado pelos sonhadores
Nunca partas, jamais deixes de me atormentar.
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