.Eis-me a desaguar
A verter o teu último olhar
Só
Contigo algures a cintilar
Cinzas
A pulsar no céu
Inocente fogo que nasce para cessar
Procuro-te, perdendo-me nas ruas desta cidade
Quero o teu útimo olhar
A mentira ou a verdade
Algo que me faça serenar
Não quero ver o alvorecer da fealdade
Como arde
A borboleta que me consome
Como é doce
O sabor do mel a definhar
A tua mão outrora foi minha
Estou só nesta viagem
Calor que ora aquece ora definha
Ritmado, dolente e resignado
Só
Apenas a dor quero fruir
Engolir um cardo espinhoso a florir.
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