Antes de mais, este conjunto de palavras (tenho a decência de não lhes chamar poema), não passa de uma dramatização. Provavelmente não, mas isso é outra questão. Que se lixe, quem lê este blog sabe bem o carácter dúbio e esquizofrénico que tem. Julguem como quiserem. Aqui fica um manifesto minimalista à esperança e fé na vida:
Escrevo a sangue
Escrevo a meu sangue
Escrevo a meu sangue envenenado.
Reservo uma parte de meu sangue para escrever
Reservo a vida para morrer
Nas minhas veias corre
O que resta de vida
Nas minhas veias morre
Esta vida perdida
Espero encontrar a esperança
Espero essa bonança
Tal como espero encontrar a morte
Antes da esperança com sorte
Caminho na penumbra
Que é a minha vida soturna
Vivo no inferno terrestre
(Há outro ?)
Estou absorto e morto
Cada dia morre comigo
Um silencioso gemido
De estranho prazer
Menos um dia a viver