.Procuro uma cidade
Que nunca encontrarei por aqui
Percorro sonhos repletos de ruas sobranceiras
Vivo numa ânsia de acabar
Aquilo que está por fazer
A vida que há para morrer
Procuro na palavra morte
Repetida com o ritmo furiosamente firme de um mantra
Descobrir a esperança
Desolada, esfarrapada
Em ponto de sangue
Ainda assim, esperança
A cidade devora-me
Eu sorrio, sedado por alguns doces coágulos
Feitos de de uma perseverança insular
O céu oco
Escorre sobre mim
Numa compaixão cósmica
Que durante séculos tornados segundos deixou a
escuridão atónita.
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