Terça-feira, 12 de Julho de 2011

Alma Cadente

.Lambo a angústia
no orvalho oferecido pela noite
à frescura retalhada que é a minha pele

.Sopro o pó
às memórias percorridas pelo tempo
Ouço o sal das tuas palavras na maresia
[que] não me sai do olhar

Nas estrelas está escrito tudo aquilo que não te pude dizer
No espaço entre elas o meu quinhão de escuridão
Frondosa é flor do arrependimento

! Escuta
Crânio imenso que me apetece beijar
O medo a sibilar
A vontade a tiritar

Haja Mãe
Haja Ventre
Que aconchegue esta alma cadente.

publicado por Buraco Negro às 23:36
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o Buraco


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