Os PoG surpreenderam-me, mais uma vez, com a edição deste Erosion, razão essa pela qual tenho andado a cozinhar mentalmente algumas palavras capazes de fazer juz a este acto de arte.
Este álbum aparece na sequência de uma portentosa estreia de seu nome Renounce, face a esta Erosion revela uma natureza mais compacta cortesia de um fio condutor que une o círculo de erosão composto por 5 elementos [pontos notáveis de um pentalfa ?] e pela primeira parte de um enigmático "novo" círculo. Destaco também a maior amplitude entre as diferentes sensibilidades que constituem a natureza musical do quarteto eborense: a agressividade monolítica e a ambiencia melancólica.
O fruir deste álbum constítui uma viagem ora dolorosa, ora agradável aquele lugar denso que existe em nós que, a qualquer momento, pode sofrer as consequências de uma erosão.
Finalmente, parece que os PoG estão a ter a merecida atenção por parte dos media e do público, nada mais justo face à superlatividade demonstrada. Uma última ressalva, pese embora um conjunto de distâncias e dificuldades inerentes à portugalidade os quatro eborenses têm a felicidade de terem um dos melhores públicos do mundo. Razão essa pela qual me apelo ao público por detrás dos bites e bytes que possa atestar ao vivo a beleza crua e visceral da música dos PoG, eu já tive a felicidade de poder atestar a força deste álbum ao vivo e posso escrever sem rodeios que tive direito a fazer parte de um dos espectáculos mais intensos que já tive o prazer de presenciar:
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