Escrevo a letras cor de sangue, aquilo que me corre no sangue.
Escrevo em letras de vermelhidão características de um Sol cansado aquilo que me cansa.
Escrevo em encarnado caracteres que dificilmente expressão a plenitude do que sinto.
Escrevo na mesmíssima cor aquilo que me dói e que apago logo a seguir para não conhecerem aquilo que me mata o sangue.
Sigo pela minha corrente de sangue até ao mecanismo que a promove, que a cria, que a destrói e que um dia a terminará.
Faço a viagem a mim pelo meu sangue, pela seiva que me corre e corrói o corpo.
Sinto seu tom amargo, provocado pelo mecanismo que lhe confere o movimento.
Escrevo mais algo sem sentido que apago para não lerem.
Tenho dúvidas de sangue, embora o sangue corra em mim.
Escreveria mais, mas acabo por aqui, não tenho sangue que me alimente e alente os dedos.
Não desperdicem o vosso sangue a lerem isto.
Se leram isto já o desperdiçaram, desculpem a desdita!
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