À Princesa das Trevas:
.Toma esta faca
Com a qual sangrei os lábios com que te beijei
Toma-a nas tuas mãos, muda-lhe a perspectiva e inventarás um espelho
Vê como as lágrimas desenham caminhos pela tua face
Caminhos que doem
[não sei bem porque têm de ser percorridos]
Que a tua faca encontre o meu peito
Com a voragem que recordo nos teus beijos
Deixa-a a descansar em mim
Revolver-me a carne
Sangria venal
A tua faca que agora é minha
Equilibra no seu fio uma ténue linha de sangue
Com o qual pretendo escrever todas as palavras que tinha lá no fundo
Perdidas por aurículas e ventrículos oclusos
Que tua mão afiada quando largar a faca
Se corte de encontro à minha
Agarremos as nossas feridas até secarem e se curarem como uma só.
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