.Na gaveta dos sonhos
Com puxadores feitos de lâminas dispostas numa geometria defensiva
Nos olhos banhados por ventos ora salgados, ora ácidos
Que se condensam em lágrimas que jamais irás compreender
Mãos de Pai
Arrastadas por uma pele semeada de frio
Olhos de Mãe
Sepultados no brilho fátuo daquele olhar
Abraço escorreito e difuso
Mas apertado como jamais irás compreender
No jardim estéril que é o futuro
Nas palavras tuas decifradas por entre o silêncio
Num passado demasiado estreito para alcançar.
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