Quinta-feira, 14 de Junho de 2007
.Escorrem ecos de uma luz sem forma
No cinzento deste fim de tarde
Tinha todos os sonhos
A esperança de uma criança
Corro pelas ruas
Que não conheço por conhecer
A noite torna-as perigosas
Ideais para esconder o receio que há em mim
Dispo a pele que me cobre
Exibo a minha carne podre
Com retumbante desplante
Disparo balas
Que são dentes podres de morderem a vida
Disparo gritos para um céu surdo
Em que não acredito
A beleza nas flores do jardim
Apodrecida pela memória
Toca-me o seu perfume de anos
Acordo por momentos deste sono de inverno
Para adormecer na esperança de uma primavera
Jardins entre ruínas
Destruídos mas pilares da minha sanidade.