Segunda-feira, 23 de Abril de 2007
.Ácidos que me corroem a pele
Comem a carne
Nus os meus ossos
Nus
Vestidos com uma morte certa e plena de sentido
Espelho
Ossos projectados
Estalidos de ossos que se propagam na ausência de carne e pele
Todo eu sou ossos: morte
Engraçado o sorriso da minha caveira
Os dentes podres a descoberto
Não tenho coração
Em seu lugar tenho o vazio de uma caixa de metal
Hermética
Dialéctica
O ar apodrecido ocupa o espaço entre os ossos
Sou
Ar
Ossos
Ausência de sangue
A impossibilidade de me estragar ao conforto de um absinto regular.