.O chão que tu pisas
Que semeias a cada passo teu
Com a doçura do teu perecer
As folhas caídas
Que esmago a cada passo meu
Laivos de vida a fenecer
Tu, meu Outono a desabrochar
Bando de borboletas a florir
Eu, um inverno por findar
Bosque de crisálidas a carpir
Eis
[O] crepúsculo que deságua
Orvalho salgado por condensar
A seiva amarga
Que jaz podre dentro de mim
Não mata a minha sede por escuridão
Que este teu chão seja o meu caixão.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.