.Eis o homem
Prostrado e derrotado
No silêncio onde se dilui o clamor
Escavo por entre o caos amarrotado
Semeado por folhas sem fim
Anseio beber o ar límpido das manhãs
Embriagar-me com o suor do mar
Escavar, semear e, por fim, definhar
Eis-me
Sangue atormentado
Ao vento semeado
Eis a mentira podre
Que usava para te confortar
Fruto conspícuo
Que me está a envenenar
Eis-nos
Confinados numa prisão de carne
Almas cândidas (que)
Pó se irão tornar
Vê, eis o fim
Como é bela a escuridão em ebulição.
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