Quarta-feira, 17 de Janeiro de 2007
.Brota a morte de tuas entranhas
Brotam flores mortas
Apodrecidas pela vida
Esplendorosas na morte
Eu assisto
Na calma de mais um trago de abscinto
Ao apodrecer teu
Somos
Carne quente
Sangue corrente
Ossos
Somos o final em si mesmo
A vida temporariamente roubada à morte
Eu apodreço em mais um trago de abscinto
O sangue já não o sinto
O ossário forrado a carne é meramente ornamental
Queres ser a terra que devora a minha podridão
Feita de carne
Ossos
Sangue.