Terça-feira, 12 de Dezembro de 2006
.Que posso escrever que os meus olhos não tenham já escrito
Que azul do céu posso comparar a ti
Que estrela brilha mais que tu
Quê lâmina me rasgou mais a pele que a tua
Que antídoto me curou mais que tu
Que morte foi aquela de que me curas-te
Que visão é esta que tenho
Que entidade é esta que se intersecta na minha carnalidade
Que toque é esse que sinto subtil
Irrealmente real
Tens em ti as estradas do mundo
Os teus olhos são aqueles que desejo contemplar em meus sonhos
Realidade na irrealidade da minha linha de vida
As palavras são irreais perante a tua realidade
Mostra-me os teus segredos
Onde guardas a tua alma
Ter-te é ter o céu nocturno a correr-me em forma de brisa pela pele
Estou à tua espera anjo de asas queimadas.