Sábado, 2 de Dezembro de 2006
.Como a noite perde encanto sem ti
Como os meus sonhos são vazios sem ti
És tu que me fazes sentir um poeta romântico
Daqueles com um pé no abismo
E sem talento algum
És o meu sonho obscuro
Tornado real em forma de anjo negro
Carregas contigo aquele toque fatal da mortalidade
Aquele sorriso letal das criaturas nocturnas
Escreveria e escrevo que te achei no inferno quando o céu estava em greve
Escreveria e escrevo que quero sentir o teu infernal prazer
Aquele que é infernal quando o céu está em funcionamento
E angelical quando é feriado
Ao pé de ti sinto-me parvo e criança
Ao pé de ti sinto o amor e a dor
Como é bom ter-te em meu abismo portátil
Como é bom ter-te neste sangue volátil
Sorri e deixa-me morrer a seguir
Beija-me e ressuscita-me para ti
És aquele meu pensamento gótico e negro
Aquele que conduz ao céu e ao inferno
Aparece num sonho meu uma noite desta
Ou acorda-me do sonho com um dos teus beijos.